Microcefalia é uma doença neurológica caracterizada pelo
tamanho muito pequeno da cabeça em relação a idade. Crianças com microcefalia
nascem com uma cabeça de tamanho normal ou reduzida. Posteriormente a cabeça
deixa de crescer enquanto o rosto continua a desenvolver normalmente.
Assim é o
caso duma linda jovem, chamada Carla Soraia Correia Varela, nascida á 20 anos.
Calabaceira é uma zona onde Carla passa dias, horas e anos. Com medo do que
pode acontecer os pais preferem mante-la sempre em casa. Uma vez que saindo
sempre na tentativa de estar mais socializada, apenas ficou traumatizada. Por
onde passava era gozos.
E o desespero aumentava a cada andar. Leva uma vida totalmente
deferente das outras meninas. Soraia deixou de estudar, não sai para passear,
nunca frequentou lugares de diversão. Iniciou a escola com 6 anos mas devido
aos problemas mentais não conseguiu
ter sucessos.
Os pais (Maria Celeste Moreira e Carlos Semedo) não franquearam que
continuasse. No momento Carla encontra-se integrada na igreja. Não consegue
estudar, no entanto mostra uma felicidade, por ter uma vida religiosa. Inclusive
irá fazer a primeira comunhão no ano que se aproxima. Irrita facilmente quando
alguém zumba dela. «Quem não a
conheça, fica a ver tanto por causa da cabeça pequena» -diz pai da Carla.
Soraia odeia quando alguém a chama de
cabeça pequena, fica extremamente nervosa e pode até bater. Carlos deseja tanto
ver a filha estudar, escrever o próprio nome e ter um futuro melhor. Maria
celeste realça que apesar dos problemas e dificuldades Carla faz coisas que
muitos não fazem, e tem algo a dar que muitos têm, mas não dão. Uma das coisas
que ela adora fazer é cuidar do sobrinho, limpar a casa, lavar roupas. «Muito
apegada a sobrinho e não admite que ninguém bate nele» - afirma irmão Edmilson Varela. Carla ama maquiar, principalmente
colocar um batom bem vermelho. Sempre anda com batom na mão.
Sendo que é uma
das coisas que ela mas ama fazer. «Mesmo à noite quando ela vai dormir costuma
pintar os lábios, e dorme com a cara para cima para que batom não saia» -diz o
pai. Sempre que ela pinta ao passar na rua pessoas ficam a ver e rir pela sua
atitude de pintar, um batom bem vermelho sem se sentir tímida. Os pais da Carla
dizem que só de pensar em viver longe da filha caiem em desespero. Para eles,
triste é não saber como a Carla vai ficar se um dia não estiverem presentes.
Essa é maior preocupação.
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